segunda-feira, 12 de julho de 2010

Nos-tal-gia.

Nada é igual. Eu não sou igual a você. O meu orgulho não é igual ao seu. Meu cabelo também não.
Meus sentimentos não são iguais aos seus. Nunca foi. Nunca será, meu bem.
Abra a janela, liga a TV da sua alma, apague as máguas, as dores. E siga!
Siga para onde eu estiver. Me siga. Me encha o saco. Me ame. Mais do que antes. Me investigue. Me ilumine. Me aqueça. Me largue. Me chame a atenção. Me cante. Me solte e me prenda e me solte novamente. Me esqueça quando quiser. Só não esqueça que eu não esqueço você. Me traga as mais belas farças romanticas. Me use. Me jogue. Me tire o ar. Me puxe pra perto de você. Me deite ao som dos strokes e me deixe em Paz!
Paz. só sem você. só com você. Apaga a luz e me deixa dormir.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Tarde demais, minha querida.

Eu já vou, já chego, prometo que é rápido, minha querida. Vou correndo quando você me chamar, quando me quiser, eu vou. Quero te levar um pouquinho de paz e umas manhãs que encontrei no bolso da mochila. Quero te mostrar como ficou linda a cicatriz que você me deu naquela noite, junto com aquele copão de amargura que eu bebi num gole só. Deitar ao seu lado, finalmente em paz, e esperar o dia estúpido cair lá fora até virar manhã de novo, até o sol nascer atrás dos prédios, no horizonte que não temos aqui, minha mão na sua barriga, minha alma na sua boca, meu coração nos teus dedos. E será tarde, muito tarde, quando dormiremos juntos, os gatos aos pés da cama, as latinhas na cabeceira, a luz se enfiando pelas frestas da janela, tarde demais, cedo demais, os barulhos entrando, os olhos fechando, tarde demais, minha querida. Todo o tempo do mundo acabou. Tarde demais.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

É uma noite longa. Luzes apagadas, coração vazio, acelerado. Cama vaga. Espaço de sobra. pena.
Janela escancarada, esperando o sol sem você. sem suas mãos na minha. sem seu rosto colado no meu. pena. você que sempre me quis. não quer. finge que não quer.
ouço os passos. as chaves. as mais belas palavras que nunca ouvir. vem de você, meu bem.
A nossa história ainda nem teve meio. Como te perder pode ser o meio? Eu nunca lhe tive. eu não sei o seu nome. eu não sei onde você se encontra neste exato momento.
Só quero que saibas que você tem um lugar guardado aqui, em mim.
abra a porta. pode entrar. sempre estive a te esperar.