Se a tv estiver fora do ar, quando passarem os melhores momentos da sua vida, pela janela alguém estará de olho em você, completamente paranóico.
Prenda minha parabólica.
Princesinha clarabólica.
Às vezes eu penso: há tanta gente pelas quais eu estaria do lado de fora, na janela, passando chuva, sol, segurando o tranco, só pra olhá-las. E essas tantas mesmas pessoas nem sempre me dão a mão, e mesmo assim, eu continuaria ali, pelo simples prazer, pelo amor. Elas nem sabem a dimensão de tudo aqui dentro, das coisas que carrego por elas, do sentimento, das lágrimas. Mesmo que não pareça(e quase nunca parece mesmo), eu sou sempre paranóico, e observo todos os passos e zelo, tremo. Não é que eu seja solícito, eu não sou, eu sou cuidadoso, se pudesse colocaria uma redoma em todos eles, só pra não ver nenhum se machucar, pra não ter que chorar junto e sentir as suas dores em dobro.
Isso é tão lindo e tão perigoso. Incontrolável.
E para essas pessoas: mesmo que não me vejam, eu sempre estarei na janela de vocês, gozando de suas felicidades, chorando suas lágrimas, a sentindo o apertinho no coração, do medo da perda, da distância, do retorno. Mesmo que não me vejam.
Eu paro e fico aqui parado, olho-me para longe, a distância não separabólica.
meio diário virtual, meias verdades, palavras roubadas... nada que chame atenção.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Completamente paranóico.
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