sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Amor Marginal

ah se pelo menos
eu te amasse menos
tudo era mais fácil
os dias mais amenos
folhas de dentro da alface

mas não
tinha que ser entre nós
esse fogo
esse ferro
essa pedreira
extremos
chamando extremos na distância


(Paulo Leminski, o FODA.) 


O Recife, meu Recife, o antigo, mais lindo. E é sempre por lá, bem do meio das fumaças, e de todas aquelas pessoas que formam um grande encontro de alegria e amor -menos a mim-.
Hoje, quase agora, eu senti o que eu sinto em todas as vezes que vejo o amor alheio: que com você eu seria bem mais bonito e feliz e sorridente, e que você talvez seria o encaixe de minha felicidade, e que com você perto de mim eu seria mais completo e feliz. Dentre tantos desencontros e encontros forçados, eu acabei nem te vendo, assim como todas as vezes. Sempre imagino que você esteja em outros braços, sorrindo, ouvindo aquela música que eu ditei nossa, fazendo cafuné em outra cabeça. E acho que os seus lábios combinam mais com os meus, no encaixe perfeito e surreal. Mas você sempre preferiu outros encaixes que não se enquadram a você e muito menos a mim, que sou bem maior.
Amor Marginal. Não de criminalidade. e sim, de criminalidade com o meu coração. 
Eis a música, a minha música, que não é minha- mas digo que é porque sempre foi- soprou bem forte em mim, lhe trazendo como naquele dia do adeus, tão belo e in certo, talvez.

"...Respirando magoas de uma outra dor 
Do nosso caso imoral 
Desse amor,desse amor marginal 
Eu vou 
Pra calar o sexo mais banal 
Pra virar poesia 
Desse amor marginal..."


E sim, estou com todos os sintomas de saudades, preciso de você.

falar de saudade, amor, e todos os sentimentos que fazem a dor afundar mais, é foda.


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